Em um país onde 57% dos pequenos negócios são liderados por mulheres, mas a maioria enfrenta desafios como falta de acesso a crédito, redes de apoio e capacitação técnica, iniciativas de fortalecimento produtivo fazem toda a diferença. No Rio Grande do Norte, um projeto já em andamento vem mostrando isso na prática.
O Fios e Linhas do Rio Grande do Norte é uma formação gratuita voltada exclusivamente para mulheres produtoras artesanais já vinculadas a quatro grupos produtivos: Associação de Bordadeiras de Alcaçuz, Cooperativa de Timbaúba dos Batistas, Casa do Artesão de Caicó e Casa Reduto. A proposta é impulsionar seus negócios com educação empreendedora, apoio profissional e incentivo financeiro.
Com atividades iniciadas em julho e previstas até dezembro de 2025, o projeto está atendendo 80 mulheres com aulas presenciais semanais e acompanhamento técnico direto em seus territórios. A iniciativa é uma realização da Rede Asta, organização que há 20 anos fomenta o empreendedorismo artesanal, em parceria com o Instituto Riachuelo.
As aulas estão sendo realizadas nos próprios espaços dos grupos, com temas que vão desde autoconhecimento e letramento digital até precificação, planejamento estratégico, organização da produção e canais de venda. Ao todo, serão 17 semanas de atividades, sempre com foco prático e aplicável à realidade das empreendedoras.
A jornada formativa é dividida em quatro módulos principais, no formato da Escola de Negócios da Rede Asta:
Mais do que a formação em sala, o Fios e Linhas oferece apoio técnico especializado para fortalecer os negócios nos aspectos mais desafiadores:
Esses profissionais acompanham os grupos ao longo de cinco meses, com metas concretas de crescimento, incluindo um faturamento mensal de pelo menos R$ 3 mil por grupo.
O projeto também investe no fortalecimento das lideranças locais por meio do Círculo das Lideranças, um espaço de troca e formação em temas como autoconfiança, desenvolvimento pessoal e organização coletiva. O objetivo é ampliar o protagonismo das mulheres nas decisões e nos rumos dos próprios negócios.
Para reconhecer o esforço das participantes, o projeto prevê:
A economia artesanal movimenta milhares de mulheres pelo Brasil, muitas em regiões com baixa oferta de emprego formal, mas alto potencial criativo e cultural. A formação empreendedora, quando combinada com apoio técnico e acesso a mercado, se mostra uma ferramenta potente de transformação econômica e social.
“Quando uma mulher acessa conhecimento, ela amplia sua visão de mundo, fortalece seu negócio e se torna capaz de revolucionar a sua realidade e a de quem está ao redor. O Fios e Linhas leva esse impacto aos territórios, com ações práticas, afetivas e sustentáveis”, afirma Alice Freitas, cofundadora da Rede Asta.
Essa visão é também o que move o Instituto Riachuelo, financiador do projeto:
“Fomentar a capacitação dessas mulheres é fundamental para fortalecer essa arte manual, aumentar a visibilidade e garantir que elas conquistem mais autonomia , inclusive independência financeira”, destaca Renata Fonseca, gerente do Instituto Riachuelo.
O que diferencia o Fios e Linhas de outras ações é a forma como combina conhecimento técnico com um olhar sensível para os contextos locais. Ao levar a formação até os espaços dos grupos e trabalhar com profissionais da própria região, a iniciativa reconhece os saberes já existentes e busca construir soluções junto com as mulheres.
Além do capital semente, os grupos sairão com identidade visual renovada, produtos fortalecidos e contatos comerciais mapeados, prontos para seguir crescendo de forma mais estruturada.
As participantes já começaram a trilhar essa jornada de desenvolvimento e conhecimento. As atividades com os grupos produtivos Associação de Bordadeiras de Alcaçuz, Cooperativa de Timbaúba dos Batistas, Casa do Artesão de Caicó e Casa Reduto tiveram início em agosto e contam com uma programação determinada até dezembro de 2025.
Para saber mais, fique de olho no Instagram e no LinkedIn da Rede Asta, onde atualizações sobre o projeto serão compartilhadas.
Quer conhecer outras iniciativas como o Fios e Linhas? Entre em contato com a Rede Asta e descubra projetos que valorizam o feito à mão e fortalecem o empreendedorismo feminino: contato@redeasta.com.br