Efeito Asta: conhecimento e oportunidade para pessoas na linha da pobreza

June 21, 2024

Durante o período pandêmico, entre 2020 e 2021, 11,7 milhões de brasileiros entraram em situação de pobreza social, elevando a 30,4% o percentual de pessoas nessa condição – a maior taxa da série histórica, iniciada em 2012.

Dados do IBGE  indicam que 12,47 milhões de brasileiros estavam em situação de pobreza extrema no 3º trimestre de 2022.

E esse claramente é um cenário que precisa de mudanças! 

Pobreza extrema

Pelos critérios do Banco Mundial, é considerado extremamente pobre quem tem menos de US$2,15 por dia para viver.

De maneira ampla, podemos dizer que pobreza é o estado em que um indivíduo não consegue obter o acesso aos meios necessários para sua manutenção. A situação de privação que atinge numerosas pessoas no mundo pode ser percebida de forma contundente em diferentes contextos. No entanto, o estabelecimento de formas confiáveis de medição da pobreza é um empreendimento que desafia os pesquisadores. 

Refletir sobre a pobreza e sua erradicação é algo primordial para a formação de uma sociedade justa e igualitária. Por mais desafiador que o objetivo de superar a pobreza possa parecer, este tema não pode ser esquecido ou negligenciado. 

Marcas da desigualdade

Mulher em situação de vulnerabilidade se ollha no espelho na avenida Radial Oeste, no entorno do Maracanã, Zona Norte do RJ — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Conforme uma pesquisa da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), os negros e moradores das regiões Norte e Nordeste foram os grupos mais atingidos pelo aumento da pobreza social.

Entre os brancos, a taxa de pobreza social era de 19,4% em 2021, enquanto o percentual entre os pretos, pardos e indígenas chegou a 38,9%.

No Nordeste do país, a taxa de pessoas abaixo da linha da pobreza era de 36,4%. O Norte era a segunda região com maior concentração de pessoas nessa situação, com 33,9% da população. Em seguida, estavam Sudeste (29%), Centro-Oeste (28,4%) e a região Sul (24%).

“O Brasil é um país em que as desigualdades são marcadas por disparidades não apenas funcionais ou educacionais, mas também regionais e de raça, o que torna o fenômeno ainda mais complexo para ser enfrentado”, afirma Ely Mattos, coordenador do PUCRS Data Social, para o jornalista André Catto, em entrevista para o G1.

O estudo também mostrou que o percentual de mulheres em situação de pobreza social foi superior ao de homens entre 2012 e 2021, com exceção de 2018, quando ficou 0,07 pontos percentuais abaixo. Em geral, no entanto, a diferença é relativamente pequena.

"Isso acontece porque o cálculo das taxas de pobreza é feito com base na renda da família onde os indivíduos estão inseridos. Dessa forma, se a família é considerada pobre de acordo com determinado critério, todos os seus membros serão assim classificados, independentemente de seu sexo", diz o estudo.

Enfrentando a pobreza 

Os Projetos de Enfrentamento à Pobreza visam diminuir as desigualdades socio territoriais, tanto para prover condições que atendam fatores imprevisíveis, quanto para promover a universalização dos direitos sociais. Por meio destes projetos, busca-se a superação da pobreza com o propósito de proporcionar capacitação ao grupo trabalhado para conquistarem o acesso às necessidades básicas.

Para enfrentar a pobreza é preciso compreender as suas causas, sua dimensão e buscar por soluções diferenciadas, potencializando novas atitudes. É preciso o entendimento de que o enfrentamento da pobreza passa pela construção de novas práticas que considerem as múltiplas manifestações da pobreza e que assegurem à população o acesso aos direitos socioassistenciais e a articulação da assistência social e demais políticas públicas.

EFEITO ASTA



Todos os projetos desenvolvidos pela Rede Asta visam promover conhecimento e acessibilidade ao mercado, contribuindo para a erradicação da desigualdade por meio da aprendizagem sócio educativa e empreendedora com foco na evolução e capacitação para o mercado de trabalho, buscando fortalecer a capacidade produtiva e de gestão das pessoas através do nano empreendedorismo, buscando fornecer conhecimento e competência para que as pessoas nano empreendedoras consigam melhores condições gerais de subsistência.

Os projetos focam, principalmente, no que tange a superação da trajetória de exclusão, oferecendo alternativas de desenvolvimento social e profissional, que viabilizem o acesso a ferramentas de trabalho condizentes com a atual exigência do mercado e o melhor exercício de sua cidadania, provendo o resgate da dignidade da pessoa humana, por meio de um espaço de aprendizagem, convivência e fortalecimento de vínculos.
As ações desenvolvidas pelas atividades propostas pela Rede Asta proporcionam o avanço nas dimensões sociais, emocionais e de trabalho.

Escola de Negócios

Este programa de aceleração para mulheres artesãs tem como objetivo transformar a atividade do feito à mão em um negócio viável e sustentável. As empresas parceiras investem na formação de turmas de artesãs em determinados territórios.

Mais de 2 mil mulheres frequentaram nossa Escola, obtendo 40% de aumento em renda. Dentre elas, 90% afirmaram que, com as atividades realizadas na Escola, passaram a ter mais visão de futuro e segurança sobre o que precisam fazer para viver da sua arte.

Dentre os temas que elas se aprofundam nos cursos, círculos, lives, mentorias e atividades na plataforma Asta estão design de produtos, uso otimizado de ferramentas digitais, marketing, precificação, plano de negócio, dentre outros.

Mulheres + Renda

O programa gera renda para costureiras de todo o Brasil, que produzem absorventes de tecido; enfrenta a pobreza menstrual, porque distribui gratuitamente os absorventes a pessoas que menstruam, em situação de vulnerabilidade social; e respeita o meio ambiente, evitando o acúmulo de mais lixo nos aterros sanitários.

Na primeira etapa da implementação, em 2022, em parceria com a BRK, empresa de saneamento, o Mulheres+Renda chegou às cidades Paço Lumiar e São José de Ribamar, no Maranhão, com o apoio das prefeituras. Foram selecionadas 60 costureiras, gerando R$ 1.960,00 a cada uma, e a produção de 33,6 mil absorventes, que serão distribuídos a 8.400 estudantes das escolas públicas, em kits contendo quatro absorventes e um guia sobre como lavá-los para que sejam reutilizados por até 3 anos.

Máscara+Renda

Com a chegada da pandemia da Covid-19 no Brasil, em 2020, utilizamos a nossa capacidade de articulação, nosso conhecimento e nossa rede para centralizar as produções e lançar o programa Máscara+Renda, tendo a Fundação Vale como principal parceira, junto a outras 23 empresas.

Produzimos mais de 8 milhões de máscaras com 3 mil costureiras de todo Brasil, que receberam mais de R$ 11 milhões em renda e doaram suas produções para 800 ONGS mapeadas, nos seus territórios.

Como Você Pode Ajudar

Trabalhamos em parceria com instituições governamentais e deiniciativa privada para transformar de maneira sustentável a realidade de brasileiros e brasileiras submetidos a privações e em estado de vulnerabilidade financeira e social. Atuamos no sentido de proporcionar o desenvolvimento de comunidades, contribuindo para formar cidadãos capazes e independentes, fortalecendo os seus laços sociais e proporcionando condições para adentrar o mercado.


Você pode nos ajudar se tornando um parceiro ou financiador de projetos digitais ou territoriais (presenciais), proporcionando a ampliação de dezenas de projetos como estes apresentados. Para saber mais sobre parcerias, entre com contato pelo e-mail contato@redeasta.com.br .

E caso você queira nos ajudar sem custos, basta seguir nossas redes sociais, compartilhar nossos conteúdos e ajudar o nosso movimento a ir mais longe! 

Conheça os dados do impacto real destes projetos acessando:
https://www.redeasta.com.br/o-que-fazemos/?utm_source=organic&utm_medium=blogasta&utm_campaign=erradicacaodapobreza